As vitaminas do complexo B são importantes para o bom funcionamento do organismo. Entre os exemplos está a B12, que é utilizada para combater a anemia e manter a saúde dos ossos. Já a B9, também conhecida como ácido fólico, é indicada para auxiliar no desenvolvimento do sistema nervoso do feto durante a gravidez. O maior destaque, entretanto, fica para a vitamina B6. Isso porque a B6 está envolvida em uma série de reações químicas importantes para o sistema nervoso central, atuando por meio da corrente sanguínea. Sendo assim, a vitamina B6 pode ajudar a saúde mental.
Um estudo do Laboratório de Nutrição e Comportamento da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da USP mostrou que a ausência de vitamina B6 pode comprometer o funcionamento do organismo, assim como o desempenho do sistema nervoso central. Segundo a nutricionista Paula Sozza Silva Gulá, doutora no Programa de Psicobiologia do Departamento de Psicologia da Instituição, o ser humano não consegue sintetizar as vitaminas do complexo B. Assim, é importante fazer uma complementação alimentar. “A vitamina B6 participa ativamente não só da parte cerebral, mas também tem sua importância no metabolismo e na função hormonal”, explica.
A B6 é um micronutriente também conhecido como piridoxina, piridoxal ou piridoxamina. Além de poder ajudar na saúde mental, a vitamina B6 é responsável por quase 100 reações químicas do organismo, incluindo funções metabólicas, hormonais, imunológicas e hepáticas, entre outras atividades vitais. Esse micronutriente está amplamente disponível em alimentos como salmão, atum, cereais fortificados, grão de bico e aves, assim como folhas verdes escuras, banana, laranja e melão. Além disso, é encontrada em carnes, ovos, castanhas e nozes, entre outros grupos alimentares.
Cuidados
A deficiência pode ocorrer em casos de ingestão excessiva de proteínas, prática intensa de exercícios físicos, gestação e diálise. Além disso, com o uso de alguns medicamentos com efeito antagonista à piridoxina, a exemplo de isoniazida, penicilamina, hidralazina, cicloserina e tiazolidonas. “Essas medicações formam complexos com a molécula da vitamina, inibindo sua função”, acrescenta a farmacêutica Paula Molari Abdo, membro da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais.
Com informações de matéria publicada na Rádio USP