Síndrome do ninho cheio

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Síndrome do ninho cheio

Escrito por: Elessandra Asevedo

Uma pesquisa da Kantar IBOPE Media mostra que o número de adultos entre 25 e 34 anos que ainda moram na casa dos pais aumentou 137% entre 2012 e 2022. Por causa disso, muitos pais têm se sentido esgotados porque os filhos adultos não conseguem adquirir autonomia. Essa nova realidade da ‘geração canguru’ tem levado os pais a vivenciarem a síndrome do ninho cheio. Esse sentimento é exatamente o contrário da síndrome do ninho vazio. Isso ocorria quando os pais sentiam falta dos filhos que saíam de casa cedo para casar, estudar ou vivenciar outras experiências.

Para o psicólogo Filipe Colombini, professor do curso de Acompanhamento Terapêutico do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, essa situação traz um sentimento de frustração para os pais. ‘‘Em primeiro lugar, eles sentem que falharam na educação dos filhos. Assim, isso tem causado bastante incômodo dentro do ambiente familiar”, relata.

As causas da síndrome do ninho cheio estão relacionadas a muitas variáveis. Dentre elas, o desenvolvimento atípico e déficits nas habilidades sociais e na atividade de vida diária. Além disso, há dificuldade na formação da responsabilidade e autonomia. Assim, a ajuda profissional de um psicólogo ou orientador parental poderá colaborar para que os pais consigam aprender a gerenciar melhor os próprios sentimentos e os conflitos em casa. Além disso, poderão tomar conhecimento sobre técnicas educacionais para ajudar os filhos a desenvolverem maior autonomia.

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