Paralisia facial é transitória e tem tratamento

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Paralisia facial tem diferentes causas

Escrito por: Elessandra Asevedo

A cada ano, estima-se que cerca de 80 mil brasileiros tenham paralisia facial, que se manifesta principalmente pela boca torta e dificuldade para movimentar o rosto e está diretamente associada à inflamação ou inchaço do nervo facial. Na maioria das vezes, os casos da paralisia facial idiopática, também chamada de paralisia de Bell, são reversíveis. No entanto, é importante ir imediatamente ao hospital para o diagnóstico e tratamento precoces para melhora do resultado ou cura.

Quando o nervo facial é afetado também provoca falta de expressão em uma parte da face, o que pode alterar de forma marcante a comunicação e a autoestima. “As causas, entretanto, podem ter diferentes naturezas”, explica o médico otorrinolaringologista José Ricardo Gurgel Testa, profissional do Hospital Paulista de Otorrinolaringologia. Dentre os fatores estão estresse, baixa imunidade, mudança repentina de temperatura, doenças neoplásicas e até mesmo idiopáticas, ou seja, sem causas definidas.

Existem dois tipos principais de paralisias da face. As centrais, do sistema nervoso central, são decorrentes de acidente vascular cerebral (AVC), doenças degenerativas ou tumores. Já as paralisias faciais periféricas podem ser traumáticas, infecciosas, congênitas, tumorais, metabólicas e idiopáticas.

Diagnóstico

Na maioria das vezes, o diagnóstico da paralisia facial é feito por meio da observação médica. Por isso, é importante ir imediatamente ao hospital. No entanto, alguns pacientes necessitam de exames auxiliares. Dentre os exemplos estão audiometrias e impedanciometrias, tomografia computadorizada e ressonância magnética, assim como eletrofisiológicos. Além disso, exames laboratoriais podem auxiliar a chegar ao diagnóstico exato.

A maioria dos casos de paralisia facial é transitória e existem vários tratamentos possíveis, que dependem das causas. Assim, as terapêuticas podem incluir o uso de medicamentos, fisioterapia e fonoaudiologia. A melhora, por sua vez, vai depender do tipo e da extensão do dano sofrido pelo nervo facial, das condições clínicas e da idade do paciente. Ademais, a paralisia facial costuma regredir à medida que o inchaço do nervo diminui espontaneamente.

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