Devido à importância mundial, existem múltiplas estratégias clínicas para o controle do câncer de mama. Assim, a comunidade científica segue em uma busca contínua para encontrar algumas alternativas biocompatíveis e seguras. Entre as novas opções de manejo e tratamento da neoplasia estão os probióticos, pois alguns estudos científicos sugerem um papel imunomodulador dos probióticos contra o câncer de mama.
Pesquisadores do Paquistão detalham, em um artigo de revisão científica, a ligação da microbiota intestinal com o câncer da mama e a associação do microbioma mamário com o carcinoma de mama. Os pesquisadores citam, ainda, alguns estudos científicos que detalham o papel imunomodulador dos probióticos contra o câncer de mama e seu modo de ação.
Um desses estudos demonstra que o dano ao DNA é diminuído pelos antioxidantes produzidos por S. thermophilus, ou seja, uma cepa probiótica. Além disso, já foi relatado que o probiótico Lactobacillus tem a capacidade de decompor substâncias cancerígenas, e que tecidos mamários não cancerígenos têm mais Sphingomonas yanoikuyae em comparação com os cancerosos.
Os autores citam, ainda, os mecanismos de imunomodulação das bactérias probióticas e a capacidade de ligação dos probióticos à mucosa intestinal, o que é considerado essencial para a colonização, modulação do sistema imunológico e o antagonismo contra patógenos. Além disso, destacam os efeitos probióticos em células imunológicas, entre outros.
Dados
As Estimativas de Incidência de Câncer no Brasil para o triênio 2023-2025, publicadas pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), indicam 73.610 casos/ano de câncer de mama. Isso corresponde a um risco estimado de 66,54 novos casos a cada 100 mil mulheres. A neoplasia maligna é a mais incidente em todas as regiões brasileiras – excluindo o câncer de pele não melanoma. O câncer de mama também é a principal causa global de incidência no mundo, com 11,7% do total de casos.